segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Cambodia

Em agosto, fomos com um amigo que está trabalhando aqui na empresa também conhecer os templos de Siem Reap. Pegamos um avião até a capital, Phnom Phen e de lá outro vôo, de uma empresa local, Cambodia Anghkor Air, com hélice...



Chegamos em Siem Reap, antiga capital, e fomos logo visitar os templos. Este aí foi o primeiro que visitamos, Prasat Kravan.


Reparem nos detalhes esculpidos nas pedras... Essa aí é a figura de Brahma, uma das principais divindades do hinduísmo.



Outro templo muito legal foi o Banteay Kdei, com o rosto de Buda esculpido nas quatro faces e vacas andando tranquilamente pela entrada...


O interior tinha vários enfeites coloridos, muito bonitos e alegres, feitos pelas pessoas que vão pedir graças e reverenciar as imagens.


É impressionante como as pedras se encaixam perfeitamente, formando estruturas de janelas e portas que originalmente deviam ser de madeira, e hoje servem de moldura para fotos turísticas.


Os templos tem várias construções, normalmente quatro formando um quadrado e uma no centro.




Essa menininha nos impressionou! Pra vender um kit de cartões postais, ela mostrava um por um enquanto ia contando em inglês: one, two, three até chegar no dez. Ai resolvi mexer com ela e comecei a contar: um, dois... e ela seguiu, só que em espanhol... Resolvi ver até onde ia a sabedoria dela e comecei em alemão: ein, zwei, drei, ... E não é que ela continuou!!! ...vier, fünf, sechs, sieben, acht, neun, zehn. É claro que compramos todos os cartões, e devo confessar que a pronuncia dela era melhor que a minha...



De lá fomos pra Srah Srang, esse lago artificial enorme, pois a água ao redor dos templos, segundo as crenças locais, protege e traz sorte. É claro que se tiver um ou outro jacaré, ajuda :o)


Em seguida, fomos visitar Ta Prohm, também conhecido como Jungle Temple. Depois que o templo foi abandonado e a capital mudou de lugar, as árvores cresceram livremente. Nesse templo, elas foram conservadas, e o que se faz hoje é mantê-las como estão, impedindo o seu avanço.



Olhem o tamanho das raízes...



 As árvores, de um tom prateado lindo, deixam a gente pequenininho!



Essa câmara é construída de um jeito tal que quando batemos na altura do peito, as paredes reverberam, vibrando junto com a gente. Se batemos em outra parte do corpo, nada acontece!!!



Olha que marido forte que eu tenho! Ele está sustentando a árvore!!!



As figuras esculpidas nas paredes são muito bonitas, e reproduzem cenas do hinduísmo.


Foi nesse templo que a Angelina Jolie filmou cenas de Tomb Rider...



... e foi quando estava lá que ela adotou o primeiro filho.



Depois do Jungle Temple, fomos visitar o mais famoso, Anghkor Wat.





Essa imagem é clássica: o guia manda você achar as 10 torres de Anghkor Wat. Conseguiram?



Os longos corredores parecem livros que contam as histórias e costumes da época em que foram construídos.



Essa agora é pra brincar de Onde está Wally...



As construções tem vários níveis, com escadas íngremes, de degraus altos e estreitos, simulando a dificuldade do caminho para o céu e fazendo com que quem sobe esteja sempre prostrado, pois a gente tem que se apoiar nos degraus de cima pra não cair. Mas vale a pena, pois a vista lá de cima dispensa comentários!                             



Esse é o interior de uma das construções menos importantes. Imenso... Tão vendo o Thiago ali no meio?




As paredes são todas decoradas, e os bustos das Apsaras (dançarinas celestiais que cativam os deuses) são até mais polidos de tanto que passam a mão...


De noite fomos jantar em um restaurante francês, e eu pedi um Singapore Sling, que eu amo! Os meninos beberam a cerveja local.




No dia seguinte fomos visitar Bayon.



Quando chegamos, descobrimos que tinha passeio de elefante, então é claro que fomos!!!
Essa moça aí na frente era a nossa guia, Posy, uma fofa!


Super bem bolado o bolso pra gorjetas do "motorista" do elefante!!!


Nessa foto saímos com a bunda meio grande...


Ah, agora o ângulo tá melhor! Mas me deu agonia ficar pisando em cima do bichinho...


Subimos no templo e deu até pra namorar um pouquinho na janela!



Essa foto é muito legal! Você tem que acertar o ângulo pra encostar o nariz no nariz do Buda esculpido em uma das faces.


Apresento a vocês Leogelina Jolie...



Ele não resistia às crianças, e acabava comprando tudo! E sempre por um dólar!!!
Mas dá pra entender, porque as crianças são umas graças, super alegres e divertidas! E fazem contas na maior rapidez! Quando tentamos usar a moeda local, que vale muito pouco, elas rapidamente dividiam os lotes pra fazer coincidir com o que oferecíamos!


Esse templo era diferente dos outros, esculpido em pedra sabão rosa e em homenagem aos professores do rei.


Os relevos eram muito bem feitos e cheios de simbologia, como serpentes que representavam a corda usada para amarrar o mundo e elevar Buda, sempre sustentado por elefantes.


Esse templo, Banteay Srei, foi meu preferido, pois era o mais delicado.


De noite fomos ver um jantar com show de dança. Abaixo, as Apsaras.


O show foi muito bonito... Já a comida, típica da Ásia, nem tanto... Muita fritura e coisas gosmentas, o que me salvou da inanição foi a sopa de abóbora, que estava uma delícia.


Depois de lá fomos ao Night Market. Olha a cara do Thiago, feliz com as compras baratíssimas: camisetas, quadros, esculturas e produtos típicos, voltando pro hotel de tuc-tuc (carruagenzinha puxada por uma moto) todo decorado com enfeites de palha coloridos. 


No dia seguinte fomos à Floating Village, uma comunidade de pescadores que vive no rio. É muita pobreza!!!



A média de vida no Camboja entre os agricultores é de 50 anos, mas entre os pescadores, cai pra 35, devido às condições em que vivem.


As casas barco são muito humildes, as roupas ficam penduradas do lado de fora, tudo é lavado ou jogado fora no rio.


Mesmo com toda a pobreza, as casas são coloridas, enfeitadas com plantas e flores.




E as crianças acenam, sorridentes, quando passamos no nosso barco!



Os que usam esse chapéu são vietnamitas, que vivem ilegalmente no rio. Outra curiosidade é que essa planta aquática só existe lá e no Brasil, de onde deve ter vindo no lastro de algum navio, muitos anos atrás.


Levamos um baita susto: de repente se aproxima do nosso barco um menino enrolado numa cobra. É pra ganhar dinheiro tirando foto... E a gente nem é besta de não pagar, vai que ele solta a cobra...


Embaixo dos barcos existem gaiolas em que são criados jacarés. Antigamente eram muito valiosos, mas hoje estão "encalhados".


Além disso, na época do regime do Khmer Rouge, as fazendas de jacarés serviam para dar sumiço nos opositores do líder Pol Pot...


Eu jamais teria coragem de mergulhar nessas águas... Com jacarés e cobras soltos por aí? Nem pensar!


Mas os pescadores tem que sobreviver, e pra isso começam bem cedo a manejar os barcos.


Da pesca é que vem o único sustento deles.


De lá fomos rapidamente ao Museu, belíssimo, mas que infelizmente não podia ser fotografado. Fiquei impressionada, perdi o fôlego ao entrar na sala dos Budas. Mais de 1.000, cada um mais bonito e interessante que o outro. Pena que não tínhamos muito tempo e tivemos que visitá-lo correndo :o(
Esse é o Aeroporto. Isso mesmo, esse lugar cercado por rios e plantas, super bucólico, era a área de desembarque 



E de lá, voltamos pra casa com a sensação de que essa foi uma das melhores viagens que já fizemos!

2 comentários:

  1. Essas árvores misturadas com construções sempre me dão ideia de um mundo pós-apocalíptico.

    Nos seus posts parece que a gente tá participando do passeio, você faz anotações, pesquisas ou tem memória fotográfica?!

    Eu achei as 10 torres!! \o/

    Já saí correndo (duas vezes) de calangos que correram atrás de mim, imagina jacaré...

    É tão constrastante os cenários com os moradores, hein?

    (To lendo os posts de trás pra frente, deu pra notar né hahaha)

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